Você já ouviu um amigo dizer “a vida não tem sentido”?
Você já pensou ou disse isso?
A proposta de hoje é falar sobre isso. Por que surge a ideia de tirar a vida?
A realidade é que sentir-se triste, desanimado, incompreendido ou sem esperança faz parte das crises da vida em geral; Porém, durante a adolescência há mais vulnerabilidade devido às grandes mudanças que o corpo e a mente estão vivenciando.
Construir sua própria identidade, adaptar-se às mudanças na aparência, sentir que não se enquadra como criança ou adulto, resolver seus relacionamentos com seus colegas e pais, tomar novas decisões e, ainda por cima, lidar com problemas extras (bullying, separação dos pais, problemas familiares ou económicos, solidão, mudança, entre outros), podem lhe colocar em uma verdadeira montanha-russa de pensamentos e emoções.
É nesses momentos de depressão e de profunda “dor psíquica” que pode surgir a ideia de não viver mais, já que a morte se apresenta como uma alternativa para parar de sofrer, mas é importante que você saiba que ninguém realmente deseja parar de viver.
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PRESTE ATENÇÃO ÀS SUAS EMOÇÕES
É normal que às vezes a sua vida emocional sofra altos e baixos, momentos de muita alegria ou tristeza, medo, incerteza ou raiva. No entanto, se você estiver pensando em morrer, ou experimentando sentimentos recorrentes de vazio e angústia, querendo se machucar (ou já o faz), não evite ou espere que desapareça por conta própria. Você pode estar entrando em depressão. Procure ajuda o quanto antes!
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ANALISE SUAS ATITUDES E TRABALHE NELAS
A vida às vezes apresenta situações difíceis que surgem sem pedir permissão, mas, apesar de não poder evitá-las, você sempre terá a liberdade de escolher como responder; Só você decide com que atitude enfrentará o que vive. Uma atitude positiva consiste em transformar a dor em algo útil para você e para os outros (por exemplo, através da música, da escrita, do esporte, entre outras ações possíveis). Convido você a pesquisar na web a história de Ana Frank, certamente irá lhe inspirar nisso!
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IDENTIFIQUE O QUE FAZ VOCÊ SE SENTIR BEM E FAÇA ISSO
Todos sabemos que existem comportamentos que nos animam e outros que nos desanimam um pouco. Tente, apesar de sentir relutância, praticar atividades que te tirem desse estado negativo. Pratique esportes, pratique hobbies, aprenda algo novo, ajude outras pessoas, empolgue-se com projetos, alimente seus sonhos. Tudo isso aumentará seu desejo de viver.
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FORTALEÇA SEUS VÍNCULOS
Passar tempo com sua família e amigos, compartilhando com eles seus sentimentos e emoções, é essencial para se sentir bem. Nunca se afaste das pessoas que amam você e tente confiar nelas.
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IDENTIFIQUE O QUE FAZ VOCÊ SENTIR VAZIO E EVITE ISSO
Comportamentos como isolamento, tempo excessivo nas redes sociais, amizades tóxicas, músicas-séries-vídeos ou Tik Tok com mensagens obscuras ou pouco construtivas, consumo de álcool ou drogas, entre outros, podem ser atrativos e prazerosos no início, mas depois geram um efeito rebote negativo, trazendo sentimentos de depressão muito perigosos. É por isso que o melhor que você pode fazer é evitá-los.
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PROCURE ADULTOS EM QUE VOCÊ CONFIE
Mesmo que seus pais e outros adultos pareçam não entendê-lo e você fique desapontado, saiba que você necessita deles mais do que imagina. Dê a eles a oportunidade de fazer parte da sua vida. Não tente protegê-los dos seus problemas, são eles que têm que cuidar de você e geralmente estão mais dispostos e capazes de fazer isso do que você pensa. Contudo, se este não for o caso, sempre haverá outro membro da família, professor, preceptor, pai de um amigo, líder religioso ou outro adulto que amorosamente lhe oferecerá conselhos ou o ajudará a obter a ajuda necessária.
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PEÇA OU ACEITE AJUDA PROFISSIONAL
Esse espaço privado pode permitir que você melhore sua autoestima, se fortaleça internamente e faça as mudanças necessárias para se sentir melhor.
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SEMPRE ACREDITE
Não minimize ou subestime suas expressões de desespero ou tristeza, pois pode ser mais sério do que você imagina.
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OOUÇA COM ATENÇÃO
Se você o ver triste, esteja disposto a ouvi-lo, sem julgar, interromper ou desvirtuar seus pensamentos e sentimentos. Você pode dizer “você não está sozinho”, “eu te entendo”, “não deve ser fácil”. Não tenha medo de deixá-lo chorar, isso sempre alivia; Um simples abraço ou palavras de carinho também ajudam muito.
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GUIE-O PARA PROCURAR AJUDA
Verifique se há adultos em quem seu amigo pode confiar e incentive-o a conversar com eles para que possam lhe oferecer a ajuda psicológica de que necessita. Você pode se oferecer para acompanhá-lo caso ele não tenha vontade de fazer isso sozinho, e também buscar o apoio de seus próprios pais.
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NÃO SEJA O SUPER-HERÓI
Se o seu amigo não aceitar pedir ajuda a um adulto, não pense que só você pode ajudá-lo, mas procure um adulto responsável. Sei que pode ser uma decisão difícil porque provavelmente seu amigo se sentirá traído ou pedirá que você não faça isso, mas a vida dele é mais importante, e garanto que um dia ele vai agradecer.
Que bom que você acompanhou até o fim!
Você se lembra do título do artigo: “Game Over: desistindo de viver”?
Proponho que mudemos para “O jogo começa: eu escolho viver”, pois com as decisões corretas, a vida apenas começou.